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Maldição


Querida, se no teu olhar a desesperança
mesquinha e tristonha inda persiste,
no meu – também só e sem esperança –
o brilho da vida já não existe.

Culpar a ti não posso! não posso!
Tudo em meu redor se despedaça...
Sou eu! sou eu o culpado do nosso
sofrer, da nossa solidão e desgraça.

É minha! só minha a aura do sofrimento,
chama ardente que nos queima e nos mata,
maldição da vida que a todo momento,
a tudo que vejo e toco – arrebata!

Dá-me a luz! Dá-me a treva! Demônio ou santo,
escolha não faço do meu caminho...
Em mim, que haja o riso ou haja o pranto,
mas, alegre ou triste, que eu seja sozinho
Remisson18 de diciembre de 2008

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